ATOCHA RELEMBRADA
Quando acontece uma qualquer tragédia, perto de nós, parece que tendemos
a valorizá-la, em face de outras, talvez até maiores.
( como se as tragédias pudessem, de alguma forma, ser mensuráveis .)
São tragédias, ponto.
Estes brutais atentados, em Londres, fizeram-me, agora, ir vasculhar
ás minhas gavetas, em busca de uns breves apontamentos, rascunhados,
aquando do 11 de Março, em Madrid. Frases ditas por populares, nas ruas,
frente a um microfone. E duas singelas quadras, da autoria de crianças de
uma escola, perto de Atocha, a quem os professores tinham pedido uma
composição sobre aquilo que tinham presenciado.
As frases estão traduzidas, as quadras, na língua original:
"Pena que não tenham explodido no ventre das mães, antes de nascerem!"
"O terrorista, para viver, tem de matar"
"São 199 mortos e 40 milhões de feridos!"
"Quando se descobre uma vacina, já está desactualizada: O vírus que se quer
combater, já se transformou noutro vírus."
AQUI VIENE EL TREN,
DE ROJO Y DE BLANCO.
ROJO DE SANGRE,
BLANCO DE ESPANTO
AQUI VIENE EL TREN,
VESTIDO DE MUERTE.
MATANDO A PERSONAS
QUE NO TIENEN SUERTE.
TLIM
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