3 Ecos da Falésia: UMA QUESTÃO DE ÓLEO

quarta-feira, outubro 26, 2005

UMA QUESTÃO DE ÓLEO

Levamos, hoje, com mais uma
completa paralização, no sector
da Justiça:
Entre Tribunais, Registos, Notários,
Conservatórias e respectivo pessoal
administrativo e auxiliar ( incluídos
os elementos da P.J. afectos a alguns
serviços ),o País Legal fecha os olhos
e vira-se para o outro lado.

Toda a gente já ouviu vezes demais,
as razões de queixa desta gente:

É o congelamento das carreiras.
As alterações à aposentação.
A diminuição do período de férias.
A modificação do sistema de Saúde.

Perante uma câmara de TV,
um sindicalista esclarece:
-"Aqui, só os advogados não fazem
greve, porque são uma Profissão
Liberal".
Outro, afirma:
- "A nossa luta é por uma Justiça
melhor, de melhor qualidade!"

Não se entende muito bem como
o Senhor Ministro ainda não chegou
à conclusão, óbvia, de que:

Melhorar a qualidade da Justiça,
não passa, absolutamente, por
alterar Leis nem proceder a outras
reformas de somenos importância.

Em Portugal, trinta e um anos,
passados sobre a abertura de uma
porta que se supunha destinada a
beneficiar o sistema político e
económico do País, verificamos,
todos os dias, que o que nasceu torto,
tarde, ou nunca, se endireita.

Para o sector de gente desfavorecida
que hoje paralisa, a Justiça melhora
logo, quando, muito simplesmente,
se oferecem mais e melhores regalias
àqueles de quem depende a manutenção
da complicada Máquina Judicial.

Ou, por outras palavras:
Se olearem bem a Máquina, ela funciona.
Já se o óleo for de marca diferente,
ela começa a emperrar, a andar cada vez
mais devagar e, fatalmente,
acaba por parar.

É tudo, portanto, uma questão de ÓLEO.
Há quem lhe chame outra coisa.

TLIM