O CRUCIFIXO
A Pide (DGS) desapareceu, já vai para 31 anos.
Desapareceu oficialmente, embora continue a
existir, disfarçada, dentro das cabecinhas de
muito boa gente.
Por tudo e por nada, se enche a boca, com a
palavra LIBERDADE.
A par com DEMOCRACIA, devem ser os dois
vocábulos mais pronunciados pelos nossos
Políticos e pelos que se consideram "iluminados".
E, no entanto, embora não nos seja proibido
exprimirmo-nos, com os termos
que entendermos, verificamos que:
1 - Se atirarmos para o ar, alto e bom som,
o palavrão mais obsceno, ninguém olha,
ou se manifesta incomodado.
2 - Se, por outro lado, à mesa do café, a meio
de uma conversa, soltarmos palavras como-
- " pretos", " mariconços", "monhés",
"nacionalismo" e quejandas, ou elogiarmos
a última decisão do Vaticano,
ou censurarmos as atitudes das duas alunas
do Liceu de Gaia, ou, ainda, defendermos o
uso de peles naturais,
não digo que venha alguém prender-nos; mas
arriscamo-nos a ser insultados por algum
activista das causas mais em voga.
No mínimo, se estiver, apenas um, por perto,
lançar-nos-á um olhar de desprezo. Embora
possa ser o mesmo indivíduo que, pouco antes,
tenha proferido o tal palavrão.
Vem isto a propósito do que se estabeleceu ser
"polìticamente correcto".
Os Senhores do Governo sentiram-se, agora, 30
anos depois do 25 de Abril, pressionados por uma
coisa que dá pelo nome de "Associação República
e Laicidade". Que, conjuntamente com o inefável
Bloco de Esquerda, veio exigir (esta gente não fala;
exige) a retirada dos crucifixos das salas de aulas,
alegando que este é um estado laico e não devemos
ofender os que professam religiões diferentes.
(isto, agora, lembrou-me qualquer coisa)
Eu quero, já aqui, declarar que, por acaso, não sou
pessoa de muita fé, nem racista, nem homófoba,
e, muito menos, xenófoba.
Mas lembro-me de uma frase proferida pelo velho
Almirante Pinheiro de Azevedo, forçado,por duas
vezes a uma situação de sequestro:
"-Não gosto de ser sequestrado; é uma coisa que
me chateia!"
Pois eu não gosto de me sentir espartilhada pelo
que é suposto ser "polìticamente correcto".
Também é "uma coisa que me chateia".
Esta continuada pressão de minorias, querendo,
à viva força, impôr-se à maioria, CHATEIA-ME.
Seja eu católica, testemunha de Jeová, budista,
hindú ou muçulmana, ou outra coisa qualquer,
vivo num País, tradicionalmente, católico.
Onde a maioria da população diz professar a fé
católica.
Se estes senhores quiserem tirar o crucifixo das
paredes das escolas, para não ofender dois ou três
meninos, em cada aula, façam o favor de mandar
retirar, também, as fotografias do Presidente da
República de todas as paredes onde se encontram
penduradas.
Para não ofenderem as convicções de algum
monárquico que aí possa estudar ou trabalhar.
TLIM
2 Comments:
Ou os Portugueses se põe a PAU ou...
Estas coisas começam pianinho, qualquer dia o BE está a exigir o encerramento das Igrejas...
Acabamos com uma Inquisição de esquerda.
Os rapazinhos andam sempre num virote. Ora são os aviões da CIA, ora são os crucifixos e em breve apresentarão o projecto de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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