3 Ecos da Falésia: SOCORRO! HÁ AÍ ALGUÉM?

quarta-feira, novembro 02, 2005

SOCORRO! HÁ AÍ ALGUÉM?

Fugindo às próximas modificações do
regime que, em Janeiro do próximo ano,
lhes retirará alguns benefícios, 3.000
polícias meteram, já, a papelada para
passarem a uma reforma anticipada.
Não serei eu a censurá-los, neste caso.

Convém referir que, reformas àparte,
havia, já, um deficit de 4.ooo polícias,
nos efectivos ( e isto, só na PSP).

Estas lacunas são mais acentuadas nos
grandes centros urbanos, casos do Porto
e Lisboa, e resultam, em parte, da
deslocação de pessoal para outros serviços:
Aeroportos, Investigação, Fiscalização de
Armas e Explosivos, Ambiente, etc, etc.

Resultado: se já havia pouquíssima gente
a patrulhar as ruas, como vai ser, daqui
para a frente?

Após o mês de junho poderão entrar 1.200
candidatos. E, repito: PODERÃO.
Para os 3.000 que saem...
tal como dizia o saudoso Engenheiro:
É... fazer as contas.

Relativamente à Polícia Municipal de Lisboa,
por exemplo, sendo o efectivo de 800 homens
( o que já era uma fartura), só existem 400.

O Senhor Ministro da Administração Interna
deve ter outros problemas, mais prementes,
a assoberbá-lo, pelo que entende não ter
comentários a fazer.
O Governo encontra-se a ponderar quais as
prioridades do combate ao crime, decerto
esticando aqui, puxando acolá, tudo indicando
que, no fim, irá saír obra asseada.

O que eu - pagadora de cada vez mais impostos-
sei, é que tenho quatro elementos da minha
Família mais próxima, que, à saída das aulas,
em diversos locais da capital, como o liceu
Camões, o Pedro Nunes ou a zona próxima
do I.S.T., são, sistemáticamente, assaltados.

Foi assim durante o último ano lectivo,
e repete-se o cenário, desde meados de
Setembro. Neste forrobodó, em dois meses,
um deles já foi vítima de quatro assaltos.
Passou a andar com relógio e telemóvel das
marcas mais ranhosas que pode arranjar.
Ténis velhos, blusão "vagabundo".
Eis ao que chegámos.

Para ajudar á festa, entretanto, esse mesmo
jovem deslocou-se, no passado Sábado à praia
de Carcavelos (de saudosas lembranças) com
outros três amigos, para uma tarde de
Bodyboard.
Foi só afastarem-se para um mergulho e,
quando olharam para trás, já nem mochilas,
nem roupas, nem sapatos, nem- e isto foi o pior-
os óculos graduados.
Ficaram, a pingar, dependentes do dono de um
bar, que os deixou lançar o SOS
para as respectivas famílias.

Continuem, pois, os responsáveis, a assobiar
para o ar e, estamos aqui, estamos como
no Brasil: o povo a armar-se e a fazer justiça
por suas mãos, já que o Estado não cumpre
os seus deveres primordiais.

A segurança dos cidadãos não se compadece
com restrições orçamentais.

Era bom olharem, atentamente, o que
está a passar-se em França e tirarem daí
algumas conclusões que se vejam.
Cá por casa, uma situação semelhante, era
bem capaz de descambar numa rebaldaria
ao geito de uma Guiné- Bissau.

E já esteve mais longe.

TLIM

1 Comments:

At 5:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Agora são os marinheiros
que querem dar de frosques
a seguir serão os da
aeronáutica e depois os
espanhois já cá podem
instalar-se à vontade.
E olé!

 

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