3 Ecos da Falésia: PICUINHICES

segunda-feira, agosto 22, 2005

PICUINHICES

Os jornais, do fim de semana, continuaram
a dar importância aos subsídios, recebidos
pelo Ministro das Finanças e ao pessoal ,
por ele, contratado.
A saber:

1340 Euros, parece ser o subsídio
de alojamento, do ministro, o que , face aos
preços das rendas, praticados em Lisboa,
é, até, bastante pouco. Porque a sua casa
(oficial) fica no Porto.

Se, por acaso, ele se encontrava a trabalhar,
na capital, há, já, mais de dez anos, isso é
uma questão de gosto pessoal, não devemos
contemplar esse pormenor, com opiniões
mesquinhas.

Quanto a divulgar a contratação da jornalista
Fernanda Pragana, para sua assessora
de Imprensa, a ganhar 4.500 Euros mensais,
cheira-me, mesmo, a dor de cotovelo, de
"oficial do mesmo ofício".

Tivesse sido uma Júlia Pinheiro, iriam ver
quantas vezes mais ela se faria cobrar!

Ou um Emídio Rangel, que tinha o dom
de conseguir vender Presidentes da República,
tal como sabonetes!

(Por falar nisso, o Dr. Soares não faria grande
asneira, se, por via das dúvidas, começasse a
pocurar, em velhas agendas, o nome desse
senhor.)

Quanto à nova assessora, por certo, teve
que haver enorme exigência, em termos
de PERFIL:

Perfil, esse, estou em crer, mais ao estilo
Luis de Matos.

O Ministro, como de costume, mete a pata
na poça - peço perdão, estou com uma
linguagem, um bocado abandalhada.
Digo - pisa onde não deve, e aí surgirá
a assessora, em pontas, agitando a sua
varinha mágica, perante os nossos olhos.

E, passamos, todos, a ver
o sapato do ministro, impecàvelmente
limpo e lustroso.

Perante próximas, previsíveis e impopulares
medidas, o ministro toca a campaínha,
e aparece a menina, a produzir uma espêssa,
mas rosada cortina de fumo, perante um
público embasbacado.

Estes efeitos especiais, tão imprescindíveis,
hoje, em dia, para levar adiante qualquer
medida do Governo, pode dizer-se, que
não há dinheiro que pague.

Veremos é, quanto tempo levará, a artista,
a esgotar os truques, que traz na manga,
e quantos coelhos haverá, para tirar
da cartola.

TLIM