3 Ecos da Falésia: O SUBSÍDIO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

terça-feira, julho 04, 2006

O SUBSÍDIO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

Nos idos de 1999, a autarca da Câmara Municipal de Sintra - Dra. Edite Estrela - aprovou uma comparticipação municipal de 8.157 € para obras de conservação na casa de Betty Grafstein, ao abrigo do programa CORESINTRA.
Nas eleições que se seguiram, a Dra. Estrela foi catapultada para o espaço, como lhe competia e Monsieur Chateau Blanc, apesar de não votar em Sintra, cometeu o enorme deslize de não enfileirar ao lado do Menino Joãozinho, tendo-se, mesmo, atrevido a tornar público o seu apoio a Fernando Seara.
Quando, em 2004, Madame Grafstein voltou a candidatar-se ao CORESINTRA, calhou o processo não ter tido andamento imediato, estimando-se que a comparticipação camarária rondasse, agora, os 106.100 €.
Nesta última sessão da Câmara, o Menino Joãozinho (que tem um certo mau perder e não esquece ofensas com facilidade), pôs-se ao alto e declarou que não concorda com subsídios a "casas de milionárias estrangeiras".
Muito bem dito.
E temos aqui vários aspectos a considerar:

1 - O clima de Sintra é, de facto, levado da breca, com todos aqueles nevões e tornados e tal, já que as habitações ficam completamente degradadas em cinco anos, ficando as obras um tanto caras aos proprietários.

2 - O ilustre casal viu-se forçado a abrigar-se no Hotel Ritz, durante os trabalhos, o que é capaz de ter piorado o orçamento da coisa.
Consequentemente, se lhe falha, agora, o subsídio, sabe-se lá a que privações se sentirá obrigado e quantas lipoaspirações e liftings terão de ser desmarcados, à conta das despesas.

3 - Relativamente ao Menino Joãozinho, não me admiraria se, a par do ressentimento, existisse, também, a sua ponta de inveja, em relação à cidadã acima citada.
Se depois do acidente , as plásticas lhe deram um rosto novo e mais apresentável, não foram, no entanto, o sufiente para fazerem dele um Adónis.
Já a nossa milionária estrangeira pode não conseguir fechar olhos e boca, simultâneamente, mas, apesar do peso dos anos, continua uma verdadeira beldade.
É tudo uma questão de matéria prima.

TLIM