3 Ecos da Falésia: GRUNHOS

terça-feira, agosto 23, 2005

GRUNHOS

É escusado.
Começo a convencer-me de que não há
nada, mas mesmo NADA, que leve
este povo de GRUNHOS a acatar
uma proibição, seja ela, do exclusivo
interesse deles próprios.

É muito vinho emborcado, geração,
atrás de geração.

Sabe-se que está interdito o lançamento
de fogos de artifício, em época e zonas,
com risco de incêndios.

Está o País a arder e estes cretinos,
alegremente, a persistirem no FOGUETÓRIO.

São os nossos Arraiais, as nossa ricas Festas
Populares, é a tradição deitar foguetes
e deitam-se, mesmo, ora se não deitam!

E foi assim em S.Gens - Gondomar:
Ao lançamento do fogo de artifício, segue-se
o incêndio que leva 12 horas a ser combatido.

Em Angeja - Aveiro - embasbacam-se centenas
de pessoas, perante as maravilhas da pirotecnia,
estando o distrito em alerta MÁXIMO.

Arde o Parque Natural do Alvão e, logo ali,
em Lordelo, mais paspalhos lançam os seus
fogozinhos de estimação, para alegria dos
conterrâneos.

Que dizer de gente deste CALIBRE?

Muitos destes, aparecem, depois, a botar as suas
sentenças, perante as solícitas câmaras de
Televisão, após declarados os incêndios.
Não se esquecendo de invectivar as autoridades,
por não prenderem os incendiários.

Oh, gentinha!

Há alturas, em que - isto é mesmo a sério -salta,
de repente, cá dentro, aquele genezinho primitivo,
que cá ficou, da ocupação Árabe (os senhores do
Norte não nos chamam Mouros? ), e acho que, certo,
certo, mesmo, era começarem a cortar-se, por aí,
primeiro umas mãos, em seguida, uns braços, e,
por fim umas cabeças.

Pronto. Já disse.

TLIM