A TROPA FANDANGA
Eu julgava que o tempo do PREC (processo revolucionário
em curso) e dos SUVs (soldados unidos vencerão),
dos saudosos anos 74/75, já tinha passado à história.
Que seria suposto, numa sociedade democrática, estável,
a tropa OBEDECER aos seus superiores.
Mas, não. Afinal, 31 anos não fizeram grande diferença:
A tropa fandanga resolveu manifestar-se, nas ruas,
ao arrepio de toda e qualquer proibição superior-
- do Ministro da Defesa, aos respectivos Chefes de
Estado Maior. ( aqui, Sampaio ficou de bolinha,
bem baixa, assobiando para o ar, evitando ser, também,
desautorizado)
De salientar, que, entre os protestantes, estavam,
a abrilhantar o acto, o inefável Major Vasco Lourenço
e o General Loureiro dos Santos.
Ora, como, após proibições e ameaças de castigos
disciplinares, o Chefe do Estado Maior da Armada se viu
impotente para manter os seus homens nos quarteis,
teve aquela ideia, verdadeiramente luminosa:
Procedeu à mobilização de, cerca de um milhar de
homens, arranjando, à meia volta, umas missões, no mar,
envolvendo várias corvetas e fragatas, além de um navio
de transporte.
Como, alguns destes "vasos de guerra" não ofereciam
condições de segurança, tiveram de quedar-se, ali,
pelo estuário do Tejo...
Dois pelotões de fuzileiros (600 homens), foram, também,
enviados para a península de Troia, para manobras...
Pois: Não há autoridade, mas, não faz mal.
Os nossos impostos também se destinam a imprevistos.
E, finalmente:
Afim de tornearem estas dificuldades, os nossos briosos
militares vão arranjar, agora, uma nova manifestação,
mandando as suas caras-metades, para a rua, no próximo
dia 21.
Devendo persuadi-las, com o conhecido argumento:
-Ou vais, ou, depois, em casa, comes mais".
VALENTES!!
TLIM
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