DESRESPEITOS A MANETAS
Mário Rodrigues, o funcionário da Escola Leonardo Coimbra que terá tentado agredir professores e colegas com um machado, regressou ao local de trabalho e explica à SIC que não foi bem assim que as coisas se passaram:
-"Eu nunca quis agredir ninguém. Mas todos os dias me tratabam mal. Era de maneta, era de filho disto, filho daquilo, corno, boi... Nunca hoube tentativa de agressão a ninguém!"
-"Só foi buscar o machado para a eventualidade de ter de se defender" - ajudava a entrevistadora.
-"Pois! Foi quando apareceu o chefe da secretaria por trás de mim, deu-me um murro no braço esquerdo, onde eu tinha o machado, e me chamou também nomes.
O processo disciplinar, bamos ber o que é que bai dar, eu estou conformado a receber entre aspas o castigo, para mim já foi castigo estar 7 meses cá fora, isto é a minha segunda casa. Eu entrar na escola e ber aquela manifestação de miúdos, todos contentes e não só... Eu bou pró café, bou tomar café ao meio dia, há mais alunos, há abós de alunos, força que o sinhor não está sòzinho e ai deles que o tirem daqui da escola!"
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E foi no entusiasmo do apoio ao senhor Mário que vários menores partiram, à pedrada, três vidros da escola, na passada sexta-feira.
Comovente.
E uma bela lição para quem anda por aí, impunemente, a chamar "filho disto e filho daquilo" a qualquer um, ainda por cima, maneta.
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Etiquetas: Escolas, segurança e insultos a manetas.
14 Comments:
Cu mubente, eça manifestacón!
O sinhóre em piquu oubiu muitas bezes u aí ai ai minha maxadinha quém te pôus a món sabendu qés minha e alembrou-se cuando o dirétôr lha deu um murru no braçu esquerdo para lhu tirar. Nón gustou , tá nu ceu direitu. o maxádo era dele. Não é o "de Assis " mas mesmu açim era dele.
Isto é que bai para aki uma crize :))))))
beijus
Ai balha-me a sántinha da ladeira qu'inda num fui lá pagar a prumessa que fije se o mê Mário boltasse prá xecola, feliz e cuntente cumo anda el.
Ai sininho quisto pégasse. Vou-me imbora antes que fique a trocar os bês pelos bês definitibamente... cum carago!
beim regressada. ósculo
Gi:
Cu mubente, disse muito bem!
Vês como as crianças podiam ficar traumatizadas com as cantiguinhas que lhes ensinavam?
Por essas e outras é que vieram a fazer o 25 de Abril.
Esta probocaçón é mais para a sinhora de vaixo.
Já sigo para lá.
Veijinho
Maria:
Espero que tenhas visto a reportagem alargada no jornal da noite da SIC.
Uma vez que afinal eras tu a sinhora dele...
Olha que num te fasia açim relijioza!!
cenpre me pregastes a partida, hã?
num timemdas!
Veijos
Ai, eu gosto tanto do sutaque (sotaque) do Porto!!! ;)
Coitado do homenzinho, sabe lá o peso dos nomes que lhe chamavam? Daí o uso do machado... Outra coisa que a minha loira cabecinha não captou: se o chamaram "maneta" é porque é, não é? Então não é ofensa, é constatação de fatos, ora essa...
Esse descansinho te fez bem, voltaste com a corda toda, biba!
Beijinho
Cris:
Tadinho dele, irritou-se, saltou-lhe a tampa, enfim...
É uma escola portuguesa, com certeza.
É com certeza uma escola portuguesa!
Beijinho
É froféitico, carago!
É assim como se fosse a escola e o ensino a irem p'ró maneta!
*
ai sininho,
,
eu comento sem teclas,
já está,
,
xi
*
Passei ao lado dessa história, mas adorei a vossa prenúncia do norte...
Samuel:
Essa tua frase é que definiu perfeitamente a situação.
Tudo a ir pró maneta e a gente a assistir ao filme...
Bailhame deuz!
Abraço
Poeta:
Já estou a imaginar a linguagem gestual...
Abraço
Luís:
Foi um pedaço de "coltura" que perdeste.
Paciência. Não tarda aí outro tesourinho deprimente para gáudio do país.
Eu gozo com a pronúncia mas adoro o norte, como já deves saber.
Abraço
A pronúncia do Norte é como as gentes. Sem papas na língua. Coração aberto. Ali sim ainda há bairrismo, defende-se aquilo em que se acredita. É gente com força e com garra. Não sou saudosista, nem ando lá perto mas por aquelas bastas sente-se um cheirinho a tradição que me faz saudades.
Estou sem inspiração, vim aqui ver se havia alguma novidade para me pôr bem disposta. A tua má língua tem esse condão.
beijos fada
Gi:
Embora tenha nascido em Lisboa, eu fui para o Porto com seis anos, lá cresci e só saí quando me casei e voltei à capital.
Não preciso de dizer mais nada...
Mas para mim não há nada (ou quase nada) com que não se possa brincar.
Quando calha, atiro para qualquer lado...
Ando um tanto irregular no número de posts semanais, eu sei.
Vamos a ver se consigo fazer o tempo esticar...
Beijinho
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