3 Ecos da Falésia: ...E PAZ, NA TERRA, AOS HOMENS DE BOA VONTADE

quinta-feira, março 30, 2006

...E PAZ, NA TERRA, AOS HOMENS DE BOA VONTADE

Depois da Campanha Civil para a Entrega de Armas, de José Magalhães, surge, agora, por parte da CNLI - Comissão Nacional para a Legalização de Estrangeiros ( que parece estar de tanga), o convite, feito aos imigrantes ilegais, para que abandonem o País, voluntàriamente e a expensas suas.
586 Romenos, 341 Ucranianos e 1982 Brasileiros, terão sido apanhados, com a boca na botija, em plena ilegalidade.
Mas as nossas autoridades não têm o coração de gêlo das suas congéneres do Canadá. Nada disso.
Aqui, não se dá ordem de expulsão: Pede-se, com bons modos.
E obtêm-se muito melhores resultados.
Em vez de se porem a carpir as suas mágoas, os imigrantes ilegais, decerto, meteram, logo mãos à obra, para começarem a pôr, de parte, uns cobres, com vista à compra das próprias passagens, rumo ao seu país de origem.
É bonito.
Agora, quando paramos o carro, num semáforo e lá vem o incontornável Romeno, limpar-nos o vidro da frente, nós só podemos, mesmo, é sacar da moedinha - talvez, até, da notinha de 5€ - para contribuirmos, com a nossa quota-parte de boa vontade.

Há, é certo, algum risco de intensificação de assaltos a bancos, ourivesarias ou restaurantes, se alguns Ucranianos e Brasileiros, mais apressados, quiserem antecipar a sua viagem de regresso, a solo pátrio.
Como pode ser previsível assistir-se ao aumento de "solicitações", por parte de algumas "mininas, trabalhadoras do sexo". Mas, lembremo-nos dos ditados dos nossos Avós:
"Não se fazem omeletes sem ovos", tal como não se pode esperar ter "sol na eira e chuva no nabal".
No fim de todas estas campanhas de boa vontade, até os terroristas, que por cá circulam alegremente, se forem contactados, com muito bons modos, por alguém do Governo, para irem pregar para outra freguesia, não deixarão de o fazer, sob palavra de honra.

De cada vez mais, as Polícias perdem razão de existir.
E Sócrates, que consegue ver ao longe, já tomou mais uma das suas incontáveis medidas, quando mandou o Dr. António Costa pô-las com outro dono.

TLIM