NESTE 10 DE JUNHO
Há coisas que às vezes nos saem pela boca fora e das quais nos arrependemos, mais tarde, para rectificar "não foi bem isso que eu quiz dizer".
Tratando-se da nossa ex-deputada, sei que, embora impulsiva, não tem meias palavras e, quando diz, fiquemos certos de que foi isso mesmo que quis dizer.
A Odete santos, o vocábulo PÁTRIA parece provocar grande desconforto:
-"Ai, é melhor não dizer".
.
Aquela "coisa fascista" do "Deus, Pátria, Família", assim em bloco, esteja descansada: Já era.
Passados estão mais de 33 anos. Tempo suficiente para deixar para trás o que lá ficou, e preocuparmo-nos, agora, com a precariedade do tempo presente e as núvens negras que tempos futuros ameaçam trazer.
Deixando de lado o hino, de que ainda se lembra, não sei se acredita em DEUS. Provavelmente, Ele não se incomodará muito, caso a resposta seja "não".
Quanto a PÁTRIA, queira-o ou não, ela pertence a todos os que vivemos nesta estreita fatia à beira do Atlântico e a muitos outros que batalham pela vida em lugares remotos, sem dELA se esquecerem.
Como pertence a si também. A Odete foi até sua representante, durante vários anos, embora decerto prefira dizer que apenas representou o Povo.
Não qualquer um, repare.
O da sua PÁTRIA, quer lhe desagrade ou não a palavra.
.
E FAMÍLIA, sei que também tem uma, presumo que a amará, tanto quanto qualquer outra anónima pessoa bem formada.
Lembre-se de um pormenor:
Que seria de tanta gente, hoje sem emprego, não fosse a ajuda daqueles que constituem a célula familiar, à volta de que gira, afinal, a maior parte da sociedade em que estamos integrados?
FAMÍLIA é o que temos de mais importante na vida, embora às vezes só lhe demos valor quando a perdemos.
.
E nunca, mas nunca menospreze a PÁTRIA que tem.
Isso tem um nome e não é lá muito bonito.
.
.
.
23 Comments:
Só duas coisas:
1ª- Queria dizer "quis", em vez de "quiz".
2ª- A data de 7 de Junho, atribuída aqui pelo "blogger", tal como aconteceu, erradamente, com o post anterior, indica que, por lá, devem andar a beber demais...
Como vos atreveis a atacar assim tão nobre e sã deputada?
Tremo de aflição perante tal falta de respeito, perante uma deputada que cada vez mais me parece o retrato vivo de Amália (late years).
Sininho: talvez seja porque a hora de referência tem de ser corrigida, nas configurações ("settings"). Ali, na "formatação", deve escolher-se a Hora Central Europeia ou o Tempo Médio de Greenwich.
Para os comunistas ortodoxos, e que conhecem a doutrina, o conceito de pátria é algo absurdo. Em vez de o admitir, Odete Santos engasga-se.
Brave Sir Robin:
Não me assusteis, senhor, que eu tenho o péssimo costume de pensar só pela minha modesta cabecinha!
Se assim encontrais tais parecenças, lá terá de se arranjar um lugarzito especial no Panteão, para daqui a alguns anos...
J.A.:
Obrigada pela dica.
Lá fui aos settings e estava tudo certo: dia certo, hora certa.
É bebedeira do blogger, está visto. Que se cure.
Eu já desconfiava que a nossa ex-deputada era bem ortodoxa...
Mas hoje apeteceu-me dizer o que disse.
Todos temos os nossos dias...
Não tendo ouvido a Odete Santos, percebo exactamente o que ela quis dizer.
Porque a conheço bem.
Espero que não duvides que ela é mesmo patriota...
porque é...
Beijinhos
Maria:
Não te vás zangar com o que eu vou dizer...
Falando de busto, ela é muito patriota...
Pronto, pronto, já sabes como eu sou...
Depende de como se entende o sentimento e das designações que cada qual lhe dá.
Para ela, a palavra PÁTRIA está abolida do dicionário.
Para mim é uma palavra bastante estimulante.
Beijinho e boa semana.
Como é que eu poderia zangar-me contigo?
Este blog é um dos meus favoritos...
Apenas dei a minha opinião, porque a conheço.
E olha que do ponto de vista em que a referes eu sou também muito patriota... é o que eu costumo dizer...
Prefiro dizer que este dia é, para mim, o dia de Camões e das Comunidades.
Porque há ainda tanta "carga" nas palavras que outrora se usavam, e há ainda tanto aproveitamento do dia 10 para alguns revivalistas... que eu fico por aqui.
Beijinhos, Sininho
Maria:
Também tu?...
Muito me contas!
Estamos entendidas.
Beijinho.
A propósito de Pátria - nobre conceito tantas vezes ignorado ou ultrajado - e da data em que a celebramos, aqui vai uma saudação especial do Ultramar, daquela que em tempos idos, já foi uma das pérolas do nosso Império Colonial.
xxx
Na verdade Sininho, também não escolho a palavra pátria para definir este nosso canto.
Prefiro país, Portugal... e até nação.
Não sei explicar muito bem porquê. Mas acho que é do abuso que se dá à palavra (desde o hino a outros "amores" à pátria que se vêm por aí, como os dos antigamente, em que os governantes e os comandantes do ar condicionado, falavam de lutar até à morte, pelo amor à pátria...)
Anónimo das 8:03AM:
E não é que cá temos de novo o nosso "velho" amigo africanista?
Calculo que a distância seja especialmente sentida em dias como este.
E nos outros, também...
Se não fosse a net, então...
Um abraço e volte sempre.
Luís:
Há tanto tempo a trocar comentários, já sabia, com absoluta certeza, aquilo que irias dizer, caso comentasses.
Acho que é até muito saudável não estarmos sempre a concordar uns com os outros, como aqueles cãesinhos que punham por dentro do vidro trazeiro dos carros, a abanar a cabeça...(salvo seja).
Este comentário foi removido pelo autor.
Há um novo blog em Sesimbra ( http://aomeulado.blogspot.com ). De e para todos. Participe
Adoro a minha Pátria, o meu hino a minha Bandeira, Deus não acredito é uma imposturice para papalvos, Família é outra treta que se enfiou pela goela dos tansos, quanto ao resto fico triste por sermos um povo cada vez menos patriota, cada vez menos orgulhoso do que é, cada vez menos defensor da sua cultura. Boa semana.
Aomeulado:
Sim senhor.
Lá irei espreitar.
O Carteiro já é meu conhecido.
Com este tempo, tenho ido pouco a Sesimbra.
Barão da Tóia II:
Eu, sendo embora uma pessoa de pouca fé, não me atrevo a chamar PAPALVOS a quem acredita.
É de uma certa arrogância achar que só nós somos donos da verdade.
O mesmo se aplica ao epíteto de TANSOS, relativamente aos que prezam a família.
Esta TANSA deseja-lhe, também, uma boa semana
Este comentário foi removido pelo autor.
Sininho,
Agradeço a visita ao Do Mirante e gostei muito deste meu primeiro salto a este recanto pacato e «patriótico». Claro que cada um acredita naquilo que quer. Mas se ninguém tivesse gostado de elevar o nome de Portugal, não teríamos hoje a Pátria, com muita ou pouca carga emocional. Este rectângulo é obre de homens de fé no seu País e, para que continue a merecer o respeito do mundo temos que todos, cada um, fazermos por isso. As palavras podem ser desvirtuadas no seu significado, mas a ideia que encerram deve merecer consideração senão respeito e amor
A.João Soares:
Tive muito gosto em "vê-lo" por cá.
Os tempos evoluem, evidentemente, mas sinto uma certa pena de que tenham sido afastados e até ridicularizados certos símbolos do nosso país.
Palavras são palavras, cada qual aceita-as ou não.
Continua a ignorar-se a importância duma educação para a cidadania e os maus exemplos multiplicam-se, diàriamente.
Se eu fosse um certo ministro do nosso governo, diria, aqui:
Hélas!...
Sininho
Ora, da Odete Santos, nem se podia esperar muito melhor ou algo diferente, sendo tão tendenciosa ideologicamente! As suas expressões nem sempre são para levar a sério, muito pelo contrário - eu pelo menos acho-a autêntica, mas caricata, tanto nalgumas observações que faz, como nas suas posições corporais desajeitadas! :)))
Quanto à expressão "Deus, Pátria, Família", claro que para ela tem uma conotação com o passado "fascista" ligado ao regime corporativista e autoritário de António Oliveira Salazar! E como comunista que é, certamente que para ela a religião é o ópio do povo; a Pátria será talvez a grande pátria dos regimes comunistas e a família, são todos os que lutam e são partidários da ideologia comunista!
Para mim, Deus tem muito significado, porque sou crente e educada na Fé Católica; Família: tenho muito AMOR por ela, principalmente pelos meus pais e os meus queridos e amados dois filhos - Nuno e Aurinha; Pátria, aí, o meu conceito é mais abrangente, pois não sou nada nacionalista - embora todos os meus ancestrais sejam portugueses (Monção, Leiria e Lisboa), incluindo-me a mim e os meus descendentes - sinto-me um pouco cidadã do mundo, pois pertenço ao planeta Terra.
Um abraço e um beijinho
Áurea:
Foi um bonito testemunho o que aqui deixou.
Bem haja.
Um beijinho
Enviar um comentário
<< Home