3 Ecos da Falésia: O PLANO DO SNS

sexta-feira, novembro 03, 2006

O PLANO DO SNS

Com o encerramento de mais uma maternidade, agora a da Figueira da Foz, começa, finalmente, a fazer-se luz sobre o plano do Serviço Nacional de Saúde, que contempla três fases:

1ª Fase:
Vai-se fechando, paulatinamente, grande parte das Unidades de Saúde e Maternidades, por todo o país.

2ª Fase.
Aponta-se no sentido da Liberalização do Aborto, destinando-se as camas ainda existentes, às pobrezinhas que decidirem tomar essa opção ( que as ricas, já a Dra. Edite Estrela descobriu onde vão).
Não se sabe, ainda, se, caso seja exigida hospitalização, estarão isentas da taxa moderadora, o que seria, èticamente, recomendável.
Em caso de falta de lugar nos Hospitais Públicos, o Governo custeará os serviços em Clínicas Privadas.

3ª Fase:
É, agora, a vez dos doentes ricos que sofram de cancro ou outras doenças a requerer cirurgia, se dirigirem a Badajoz ou a Londres, se tiverem pressa.
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Relativamente aos doentes pobrezinhos que pretendam operar-se, mas não tenham em mente fazer um aborto, é que ainda não se sabe bem, qual vai ser o procedimento.

Mas podemos estar certos de que o Senhor Ministro nunca os deixará ficar mal.
Em última instância, cria-se um FAEF ( Fundo de Apoio Especial a Funerais), acompanhado de novo e inevitável aumento nos Impostos.

TLIM

6 Comments:

At 3:39 da tarde, Blogger Luis Eme said...

O que se está a passar na saúde é uma vergonha...
De certeza que existem muitos organismos públicos que servem para coisa nenhuma e onde se podia poupar o que se quer poupar na Saúde e Educação, dois bens essenciais para a população (especialmente os mais desfavorecidos...).
Como tu dizes, Badajoz, Londres ou Nova Iorque, são só para alguns...

 
At 5:45 da tarde, Blogger Ana M. said...

Caro Luís Milheiro:
O que por aí não falta é um sem número de Fundações que servem apenas para encher determinados bolsos. E as benesses milionárias e vitalícias de Gestores Públicos estão muito longe de terem acabado. Basta ler a Imprensa diária.
Mas, a cortar, corta-se primeiro na Saúde. E de que maneira!

 
At 12:40 da tarde, Blogger Maria said...

Mordaz, terrível...
Se a sininho é assim, como será o capitão gancho?
Falando sério, já tinha viajado por aqui, fui lendo alguns textos, com interesse, e agora quedo-me na saúde. Não me vou surpreender se o governo agradecer à tabaqueira o "bem" que continua a fazer à população mais idosa, até porque serão umas quantas pensões a menos que terá de pagar.
Mas a questão do aborto / despenalização do mesmo é um assunto muito sério.
Todos sabemos que ele continua a ser praticado em "vãos de escada" embora a deputada do psd zita tenha dito que isso já não existe.
Todos os anos morrem centenas de mulheres por abortos clandestinos. É nossa obrigação, ao defender o serviço nacional de saúde, exigir que as mulheres sejam atendidas com todos os cuidados de saúde necessários.
E não me venham com moralismos falsos, porque as mulheres ou "amásias" dos ditos defensores da vida também os fazem, só que em Londres ou coisa parecida. Sempre foi assim. Desde há muitos anos.
E, depois, ninguém tem direito a decidir sobre o que uma mulher quer fazer no caso de uma gravidez indesejada a não ser ela própria.
Eu, como mulher, mãe, e quase avó, não dou o direito a ninguém de me julgar pelo que eu fiz ou deixei de fazer nesse aspecto. É um problema meu. É uma decisão minha.
Acho que me entusiasmei demais. O texto vai longo.
Sou contra o referendo, não vejo necessidade que seja feito (afinal há uma lei aprovada no tempo de guterres que, esse sim, traiu o seu eleitorado), mas vou participar activamente na campanha a favor do SIM. Como cidadã não me posso demitir das minhas obrigações!
Boa semana!

 
At 7:04 da tarde, Blogger Ana M. said...

Cara Maria:
A Sininho cá de casa é dez vezes mais malvada do que o Capitão Gancho.
Relativamente ao tema do Aborto, devo dizer que já não dou mais para esse peditório.
Preferia que se legislasse, logo, o que há a legislar e nos deixassem em paz com o assunto.
Até porque estou convencida de que, seja qual for o resultado do referendo, a mudança de procedimentos não será assim tanta.
Sempre foi mais fácil, neste País, criar uma lei nova do que fazer cumprir as que já existem.
Quanto à minha posição, sobre o assunto, é a favor da lei actual, que não é posta em prática.
Mas não entro em diálogo, porque cada qual tem as suas convicções e ninguém convence ninguém a mudar as suas...
Um abraço.

 
At 8:32 da tarde, Blogger Jorge Moniz said...

A solução é fazermos mais filhos.

 
At 11:23 da manhã, Blogger Ana M. said...

Caro E. A.:
Ora aí está.
Aplique-se, seja patriota e ainda é capaz de ser proposto, um dia, para figurar numa qualquer lista da Maria Elisa.
Cá terá uma apoiante incondicional.

 

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