3 Ecos da Falésia: ÓSCARES

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

ÓSCARES


Decididamente, a minha memória anda a pregar-me partidas.
Chega a noite dos Óscares e eu nunca me lembro de que, ano após ano, a cerimónia tem vindo a tornar-se de cada vez mais insípida e mais distante das noites de glamour de tempos passados.
E insisto em ficar a assistir.

A presença de Hellen Mirren foi fugaz, mas serviu para mostrar

como continua a exibir, com toda a naturalidade, um porte de raínha.

E Javier Bardem teve a sua noite.

Discursou em castelhano e tomem lá que é para aprenderem.
É em momentos com este que eu gostava de ser espanhola.
Grande Javier!
Apresentou-se (ele que até nem é nenhum peixe podre), sem o horroroso capachinho que foi obrigado a usar, em "Este país não é para velhos".
Porque, desde Charlize Theron ("Monster"), que os produtores entendem que é preciso dar um toque repulsivo aos actores mais bem parecidos, senão eles não ganham Óscar nenhum.
George Clooney, por exemplo: Teimou em rejeitar a caracterização e olha o que lhe aconteceu.
Já Marion Cotillard, pelo contrário, compôs uma Piaf feiosa e aquilo foi uma limpeza.

Atalhando e para não maçar mais, deixei para o fim o meu preferido:

O ratinho Rémy que toda a gente insiste em chamar "Ratatui" (aqueles crâneos que congeminam os titulos dos filmes em «Português» estão de cada vez melhores).
Chamei-lhe ratinho carinhosamente embora ele esteja mais para ratazana.
Mas é ver como até entre as bichezas que provocam natural antipatia, pode sempre existir uma excepção.
E ele, tadinho, que se fartou de sofrer durante a rodagem (sem duplos nem nada, por causa da contenção de despesas) teve ontem a alegria de ver o seu filme premiado.

Salvo alguma greve inoportuna, para o ano há mais.

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8 Comments:

At 7:29 da tarde, Blogger Maria said...

Tens razão, Sininho, dantes era ver a "famosa" noite até às 6 ou 7 da manhã, agora acaba às 4.30.
Valeu ter visto o Daniel Day-Lewis, de quem gosto bastante, e o Javier Bardem (peixo podre? nunca tinha ouvido a expressão......) ...

Beijinhos

 
At 1:09 da manhã, Blogger Ana M. said...

Maria:
As interpretações do Daniel Day-Lewis têm sido poucas mas boas.
Não conhecias a expressão?
O mesmo é dizer que «não é de se deitar fora»...

Beijinho

 
At 10:11 da manhã, Blogger Luis Eme said...

Vá lá, pelo menos desta vez não houve muitas surpresas...

O Rémy até é giro, Sininho, e um cozinheiro de mão cheia...

 
At 4:23 da tarde, Blogger Ana M. said...

Luís:
E eu não disse que ele era o meu favorito?
Não é só pelos dotes culinários.
São aqueles olhos dele....
Sem esquecer os cuidados com a alimentação "descuidada" do pai e irmãos, hehehe:))))

Abraço

 
At 11:48 da manhã, Blogger CARTEIRO said...

A belíssima Charlize aceitou (quase) eclipsar-se, aparecer discreta e modesta, num belo papel no "Vale de Elah".
Mas não consegue ser banal.

A ratazana da "Ratatui" ganhou.
Foi o triunfo da bicha...

 
At 12:32 da tarde, Blogger Ana M. said...

Carteiro:
Não sabia que a Carlize (nem há o direito de se ser assim tão bonita...) tinha um papel no "Vale de Elah".
Isto, quem anda a entregar cartas, encomendas, jornais e revistas (por assinatura) acaba por ficar muitíssimo bem informado...

Mas diga lá se a "bicha" não é adorável???

Abraço

 
At 11:12 da tarde, Blogger Cristina Caetano said...

O espetáculo estava tão bom, mas tão bom (para não falar o contrário) que adormeci com a TV ligada e acordei e já tinha acabado! :(
Eu estava torcendo para o Javier (ainda não vi o filme ganhador), porque ele tem feito filmes onde interpreta maravilhosamente. Também torci muito por Ratatouille (acho quue se escreve assim). E já que falas de caracterizações "feiosas" para os atores...alguém pode me explicar que vestido preto era aquele que a britishTilda Swinton "carregava"? Tudo bem que ela tem um rosto super expressivo, forte mesmo, mas que coisita preta estranhíssima era aquele vestido? Acho que não entendo nada do mundo fashion...

bEIJINHOS

 
At 11:14 da tarde, Blogger Cristina Caetano said...

E permites que eu deixa aqui uma outra expressão igual a "peixe podre" = "não é de se jogar fora"? É a "Ô, LÁ EM CASA!" he he he

Beijinhos

 

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