3 Ecos da Falésia: julho 2006

terça-feira, julho 25, 2006

DEFINITIVAMENTE "SILLY"

É Verão e parece que está tudo dito. Já nem a guerra no Líbano consegue arrancar-nos ao torpor da época.
Sobre a RTP, então, dir-se-ia que paira um clima "especial":

São as inconsoláveis velhinhas que compõem a plateia da Herança, sentindo-se órfãs com a ausência do Malato.

É aquele funcionário da casa, com 29 aninhos de idade, talvez mal pago ou mesmo pago a recibos verdes, que, passando-se dos carretos, resolve assaltar,"à séria", uma ourivesaria, da Av. João XXI, em plena manhã Lisboeta. Artilhadíssimo a preceito, ia munido da respectiva máscara, pistola, spray de gás-pimenta e arma de choques eléctricos.
Perante tal "arsenal", passam-lhe para as mãos 26.000 € em peças de ouro.
Só que há dias de azar e, contra todas as expectativas, a Polícia chega a horas e o jovem lá tem que ir para onde não desejava, depois de despojado do que não lhe pertencia.

E é, finalmente, a estreia de uma mini-série, cujo título parece ter origem em alguém, muito provàvelmente, chumbado em teste de Língua Portuguesa:
"O FACTOR HADES".

Não está, entretanto, esclarecida, qualquer eventual responsabilidade de Jorge Coelho, nesta matéria.

TLIM

quarta-feira, julho 19, 2006

ATÉ SEMPRE, RAÚL

------- Todo pasa; la sombra
viene en pos de la luz del firmamento;
la ancianidad caduca
es, ay!, de la niñez vago recuerdo.
Tu sólo no pereces,
oh espíritu que gimes en el cuerpo!
Con mano compasiva
la muerte, al fin, quebrantará tus hierros.
--------
( "RUÍNAS" Rosalía de Castro )

TLIM


terça-feira, julho 18, 2006

A HOLANDA, SEMPRE, SEMPRE, PIONEIRA DOS BONS COSTUMES

O Partido do Amor Fraternal Liberdade e Diversidade foi, finalmente, legalizado na Holanda, como se impunha, graças ao visionário Juiz Hofhuis, que entendeu ter este partido tanto direito a existir como qualquer outro.
Recordemos, então, alguns dos princípios ali defendidos pelos seus três membros fundadores, que propõem lançar-se, desde já, na recolha de assinaturas, com vista a concorrer ao Parlamento, nas próximas eleições.

1 - Cidadania completa aos 12 anos de idade, o que inclui: Ter relações sexuais com quem e quando se entender; votar; jogar; viver sòzinho; usar drogas.
2 - A partir dos dos 16 anos, liberdade de praticar a prostituição.
3 - Permissão da posse e exibição livre de qualquer tipo de pornografia que poderá ser difundida pela Televisão, a qualquer hora.
4 - Liberdade de se ter sexo com animais.
5 - Permissão de circular, nú, na via pública.
6 - Proibição do Casamento.
7 - Criminalização da morte de animais com vista à alimentação.

E outras cativantes originalidades. Deduz-se que, a partir dos 12 anos, as crianças entrariam no mercado de trabalho, a fim de poderem usufruír da Cidadania completa.
Só assim lhes seria possível sustentarem-se, viverem "sòzinhas" e votarem no Partido destes simpáticos cavalheiros.

Por sua vez, os animais livrar-se-iam, então, de ser comidos, embora, por outro lado, passassem a ter a oportunidade de virem a "ser comidos", if you know what I mean.

E pensar que vivemos num país em que a Constituição da República ainda proíbe a existência de qualquer Partido que perfilhe ideias fascistas ou fascizantes!
É ver o atrazo em que continuamos, irremediàvelmente, mergulhados.

TLIM

quinta-feira, julho 06, 2006

SUBSÍDIOS E FANTOCHADAS

É já no próximo dia 8 que o Porto vai ter, finalmente, o seu dia grande.
Como o São João já foi e o São Pedro já se acabou, tem agora lugar esta colorida Festa, destinada a "Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transgéneros e Heterosexuais". Por enquanto o rol de sexos é só este, mas espera-se um alargamento, em futuro não muito distante, a bem da diversidade.
Veremos quantos "orgulhosos" sairão à rua, já que, em Lisboa, o recente desfile saldou-se num fiasco, com duas escassas centenas de manifestantes, o que deixou o pessoal da Organização de orelha murcha.

Entre os Apoios, vem, em lugar de destaque, o Patrocínio Principal (sic):
MINISTÉRIO DA SAÚDE - COORDENAÇÃO NACIONAL PARA A INFECÇÃO VIH/SIDA e
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE.

Algumas dúvidas me perseguem:
Se, como dizem, o VHI/SIDA deixou, há algum tempo, de ser uma doença relacionada mais directamente com esta ou aquela orientação sexual, ou género ( masculino, feminino, ou outro), porque carga de água terá o Ministério da Saúde de ser o principal patrocinador dum evento desta natureza?
E esta rapaziada, sempre tão lesta a bramar contra a menor discriminação, não acha que está a ser, neste caso, discriminada, embora pela positiva?
O Ministério da Saúde terá sido, também, o principal patrocinador das Marchas Populares de Santo António de Lisboa, por exemplo?
Não nos constou e, se calhar, a Câmara Municipal teria ficado agradecida com o repartir das despesas.
Nos tempos de crise que atravessamos, quando tantos sacrifícios são exigidos aos Portugueses, haverá alguma lógica em utilizar uma pequena parte, que seja, dos nossos impostos, para ajudar a subsidiar estas fantochadas?

Pode ser que muito me engane, mas palpita-me que terá andado aqui a mãozinha amiga de Miss Fernanda Câncio, entre outras.
Ou não?

TLIM

quarta-feira, julho 05, 2006

GARRAFAS

Uma medida que o nosso super activo Primeiro Ministro ainda não tomou e que começa a tornar-se premente, é a que diz respeito a uma legislação severa sobre a reutilização de garrafas de água.
Como toda a gente sabe, os Portugueses são, no geral, gente cordata e obediente, que só se exalta um pouquinho po causa de um desafio de futebol. Fora isso, cumprem, escrupulosamente as leis do País, digam elas respeito ao Código da Estrada, ao pagamento de impostos, assiduidade no trabalho, horários a cumprir, urbanidade no tratamento, tudo, tudo, tudo.
Daí a urgência de uma lei que evite certas situações inusitadas.

Volta e meia, um sujeito sequioso, mete à boca o gargalo duma garrafa, convencido de que está a beber água e, vai-se a ver, o que ele está a emborcar é ácido clorídrico, ou lixívia, ou detergente, ou o diabo a sete.
Alguém, movido das mais louváveis virtudes do asseio e da poupança, deitou mão a uma garrafa vazia e colocou-lhe, lá dentro, o produto indicado para ajudar a raspar o sarro da retrete.
Mas há horas do diabo, acontece uma distracção, durante os "Morangos com Açúcar" e coloca-se a garrafa ao lado das outras. Resultado: Lá vai mais um desgraçado, de escantilhão, para o hospital. Se sobreviver, fica com o tubo digestivo feito num oito.
A situação vai-se repetindo, ano após ano e continua toda a gente a ver passar os comboios.

Mas há mais.
Ontem, foram descobertas, no alto da Torre GALP, no Parque das Nações, a 90 metros do chão, 40 - QUARENTA - garrafas de água, com os gargalos cortados, servindo de vasos para uns tantos pés de CANNABIS.
Ou seja: Alguém se lembrou de aproveitar uma velha torre desactivada para ali instalar uns jardins suspensos e embelezar o recinto.
De caminho, tirando o incómodo do sobe e desce, ainda se aproveitavam umas belas fumaças.
Existe alguma lei que especifique que é interdita a utilização de garrafas, com este fim?
Não há. É o que eu digo:
Se fosse proibido, ninguém se daria a um trabalho destes.
E o ESLOVACO, apanhado a descer a escadaria da torre ( levando, casualmente, umas pedras de Haxixe, nos bolsos das calças), se quisesse ir ver as vistas, como explicou, teria utilizado o teleférico, que é para isso que lá está.

TLIM

terça-feira, julho 04, 2006

O SUBSÍDIO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

Nos idos de 1999, a autarca da Câmara Municipal de Sintra - Dra. Edite Estrela - aprovou uma comparticipação municipal de 8.157 € para obras de conservação na casa de Betty Grafstein, ao abrigo do programa CORESINTRA.
Nas eleições que se seguiram, a Dra. Estrela foi catapultada para o espaço, como lhe competia e Monsieur Chateau Blanc, apesar de não votar em Sintra, cometeu o enorme deslize de não enfileirar ao lado do Menino Joãozinho, tendo-se, mesmo, atrevido a tornar público o seu apoio a Fernando Seara.
Quando, em 2004, Madame Grafstein voltou a candidatar-se ao CORESINTRA, calhou o processo não ter tido andamento imediato, estimando-se que a comparticipação camarária rondasse, agora, os 106.100 €.
Nesta última sessão da Câmara, o Menino Joãozinho (que tem um certo mau perder e não esquece ofensas com facilidade), pôs-se ao alto e declarou que não concorda com subsídios a "casas de milionárias estrangeiras".
Muito bem dito.
E temos aqui vários aspectos a considerar:

1 - O clima de Sintra é, de facto, levado da breca, com todos aqueles nevões e tornados e tal, já que as habitações ficam completamente degradadas em cinco anos, ficando as obras um tanto caras aos proprietários.

2 - O ilustre casal viu-se forçado a abrigar-se no Hotel Ritz, durante os trabalhos, o que é capaz de ter piorado o orçamento da coisa.
Consequentemente, se lhe falha, agora, o subsídio, sabe-se lá a que privações se sentirá obrigado e quantas lipoaspirações e liftings terão de ser desmarcados, à conta das despesas.

3 - Relativamente ao Menino Joãozinho, não me admiraria se, a par do ressentimento, existisse, também, a sua ponta de inveja, em relação à cidadã acima citada.
Se depois do acidente , as plásticas lhe deram um rosto novo e mais apresentável, não foram, no entanto, o sufiente para fazerem dele um Adónis.
Já a nossa milionária estrangeira pode não conseguir fechar olhos e boca, simultâneamente, mas, apesar do peso dos anos, continua uma verdadeira beldade.
É tudo uma questão de matéria prima.

TLIM

domingo, julho 02, 2006

A CORJA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

1 - Rompia a madrugada de ontem, quando agentes da PSP de Cascais apanham Julinho, com um grãozinho na asa, no meio de uma Operação Stop.
Após o obrigatório sôpro no balão e perante a respectiva taxa de alcoolemia de 1,8 Julinho é recambiado para a esquadra, para confirmação do exame.
De novo cá fora e antes do regresso a casa ( em carro conduzido por outrem), Julinho faz questão de demonstrar o seu bem conhecido marialvismo, agredindo um repórter fotográfico e escaqueirando-lhe a respectiva máquina.

2 - Palavras do Julinho, no seu Blog "Blogalização":
"Nao tenho nada contra as Operações Stop. Bem pelo contrário e esta custou-me caro.
Tenho é tudo contra o espectáculo mediático das televisões, jornais e fotógrafos, à procura de páginas e de escandaleiras, numa acção nìtidamente concertada com a Polícia. Por mim, colaborei: Parti um flash".

3 - Querido Julinho: Estou consigo, de alma e coração.
A nós, que somos grandes democratas, ninguém tem o direito de vir para cá incomodar.
Se jornais e televisões existem, deve ser para ajudar à divulgação da cultura, promovendo os espectáculos do Casino Estoril e dando relevo a certas exposições de pintores especialmente talentosos. E se tiverem de noticiar vulgaridades deste género, que se limitem a publicar os nomes dessa maralha desclassificada que por aí anda a enfrascar-se em cervejas à conta da victória da Selecção Nacional sobre a Inglaterra, arriscando-se a provocar acidentes.
O que não podem é chamuscar a reputação das grandes figuras nacionais, por dá cá aquela palha.
Corja!!!

TLIM