QUEM SE METE COM O PS, LEVA

"ESTES SERVIÇOS NÃO TÊM UTILIDADE PARA SALVAR VIDAS. EU, NO CASO DE TER A MINHA PRÓPRIA VIDA EM RISCO, NUNCA RECORRERIA A UM «SAP». DIRIGIR-ME-IA AO HOSPITAL MAIS PRÓXIMO".
Disse o Senhor Ministro Correia de Campos. Disse, está dito.
Quando se pretende encerrar uma série de serviços de saúde, diz-se qualquer coisa.
Vá depois algum médico ter opinião diferente, ocorrer-lhe manifestá-la em cartaz, afixado no local de atendimento e vai ver como começam a rolar cabeças.
Que, valha a verdade, se não rolassem, era um bocado mais custoso abrirem vagas para o pessoal de confiança.
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Ora, no meio de tudo isto, dir-se-ia que os portugueses estão a ficar, dia a dia, mais broncos.
Enquanto por um lado, andam para aí a suspirar por um Salazar em cada esquina, por outro descuidam-se cada vez com maior frequência e saem dos eixos.
Não há maneira de aprenderem que não se brinca com membros do governo. Respeita-se e venera-se.
"Comentários jocosos", disse o Senhor Ministro e muito bem, não são tolerados.
Tem que haver lealdade.
"Comentários jocosos" estão reservados, em regime de exclusividade, para membros do governo.
Manuel Pinho, Mário Lino, Correia de Campos, podem.
"Para evitar o desperdício de medicamentos, olhe dêem-nos aos pobres", é uma frase jocosa que é natural saír pela boca fora de um ministro, com toda a tranquilidade.
Um ministro, pode.
Agora, o Zé, não pode.
Tem de perceber, a bem ou a mal, uma coisa muito simples:
Com um bufo em cada delegação seja de Saúde, de Educação, de Finanças ou outra, o melhor para conservar o emprego é manter a bolinha baixa.
De preferência, sem jocosidades.
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A bem da Nação.
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.30-Junho-2007